A Educação e o Lazer
A escola constitui um pilar básico na sociedade para a formação dos indivíduos e da própria comunidade em que se integram. Este atributo da escola é inegável, tanto mais que a maioria das crianças cresce no seio dela.
Para Neto (1984), a escola representa o espaço onde se criam condições para promover, de maneira organizada, as aquisições consideradas fundamentais para o normal desenvolvimento da criança.
Para Requixa (1979, p.21), "a educação é hoje entendida como o grande veículo para o desenvolvimento, e o lazer, um excelente e suave instrumento para impulsionar o indivíduo a desenvolver-se, a aperfeiçoar-se, a ampliar os seus interesses e a sua esfera de responsabilidades". O mesmo autor (1980, p.72) sugere-nos um duplo aspecto educativo do lazer:
— O lazer como veículo de educação – Educação pelo lazer;
— O lazer como objeto de educação – Educação para o lazer.
A relação existente entre lazer e educação parece não causar qualquer inquietude. Requixa (1980) defende que nada seria mais adequado que considerar a importância do aproveitamento das ocupações de lazer como instrumentos auxiliares da educação. Argumenta que o indivíduo, ao participar em atividades de lazer, desenvolve-se quer individualmente, quer socialmente, condições estas indispensáveis para garantir o seu bem-estar e participação mais ativa no atendimento de necessidades e aspirações de ordem individual, familiar, cultural e comunitária.
Por outro lado, a educação para o lazer pode ter um efeito significativo na participação em acividades de lazer e na satisfação de vida (Kanters e col., 1994 cit. por Mota, 1997).
Mas o termo educação para o lazer acarreta diversas conotações. Para alguns, significa transmitir informação relacionada com o lazer através do sistema educacional. Tradicionalmente, a educação para o lazer tem sido vista como um meio de transmissão de conhecimentos e habilidades para o lazer, através da oportunidade de participação em programas de recreação, bem como em programas pós-escolares (Mundy, 1976).
A educação para o lazer, ou a educação para o tempo livre, para sermos mais abrangentes, tem como objetivo formar o indivíduo para que viva o seu tempo disponível da forma mais positiva, sendo um processo de desenvolvimento total através do qual um indivíduo amplia o conhecimento de si próprio, do lazer e das relações do lazer com a vida e com o tecido social. Por tal, deve ser considerada como um processo integral da vida diária da escola, no sentido de que é necessário ensinar o lazer ativo.
Sendo assim, a escola não pode alienar-se, por um lado, dos tempos livres das crianças, e por outro, das atividades de complemento curricular, que poderão ser uma excelente alternativa a esses tempos desocupados de atividades curriculares. Esta preocupação, que deverá ser concomitantemente um objetivo da escola (Bento, 1995), deverá ter em conta três preocupações fundamentais (Mota, 1997):
Aumentar os incentivos referenciados às motivações intrínsecas, fornecendo orientação e informação às crianças, levando-as a optar pela participação na atividade física;
Fornecer uma correta perspectiva de sucesso, facultando às crianças uma clara distinção entre os objetivos do desporto de rendimento e os objetivos do desporto direccionado para a saúde e para a manutenção de um estilo de vida ativo;
Fornecer razões válidas para ser ativo, transmitindo às crianças os benefícios derivados da prática regular da atividade física e criando-lhes condições para a conscientização da importância de um estilo de vida ativo.
Em resumo, gostaríamos de ver a Escola cada vez mais próxima da vida da criança para que ela sinta a necessidade de integrar a Escola na sua vida. Este desígnio poderá ser alcançado se entendermos as atividades físicas de complemento curricular como algo que propícia a liberdade - já que são facultativas – e ao mesmo tempo que formam e educam para a Liberdade.
Para privilegiar a interação da garotada na instituição, é preciso investir em propostas diversificadas. Porém, antes da implantação de um projeto institucional em que estejam contempladas múltiplas possibilidades de lazer, é importante avaliar como a escola tem lidado com a questão do brincar.
Para espantar o calor as crianças foram tomar banho de mangueira, de piscina e todos aproveitaram para brincar à vontade!!!
Pode-se aproveitar o momento para fazer atividades com balões cheios de água.
O objetivo desse tipo de atividade é perceber a diferença entre uma cor e outra, o peso e a quantidade. Após a atividade deixa-se livre a brincadeira, mas como a criatividade não tem limite, a imaginação transforma o balão em várias coisas.
As crianças adoram e participam com alegria. O banho de mangueira e de piscina é um espaço para que possam brincar e criar.
Luciane Rosa de Oliveira Dias