Adaptação na Educação Infantil
Os primeiros dias na creche costumam não ser fáceis. Mães e responsáveis choram discretamente, sentindo-se culpadas pela separação, assim como os pequenos estudantes, que se amedrontam ao perceberem que os pais já não estão mais por perto. Evitar cenas como essas é possível, principalmente quando nessas unidades escolares estão os profissionais altamente capacitados da Secretaria Municipal de Educação de Governador Valadares, que programam, com respeito e dedicação, uma boa adaptação para pais e filhos.
Para que este momento seja marcante e agradável na vida de todos, é necessário haver uma redução na carga horária, somente, no mês de fevereiro, pois é a primeira vivência das crianças num espaço coletivo fora de casa. A preocupação com a qualidade do tempo dos estudantes leva ao preparo da construção coletiva de um espaço colorido, com a marca de cada criança, cheio de objetos interessantes e motivadores, que despertarão o prazer em conviver em um ambiente mais amplo, até então restrito à família.
Para nossa Equipe da Educação Infantil, a Unidade Educacional tem autonomia para construir ações coletivas e individuais para cada faixa etária. "Sempre priorizamos o bem estar das nossas crianças. Devemos ter o cuidado em educar com afeto e amor."
Segundo a Pedagoga Municipal de Educação, Professora Maria aparecida Pimenta, a Instituição tem um papel fundamental neste período de adaptação. "Quando a criança ingressa na Educação Infantil, muitos sentimentos estão envolvidos. Neste espaço, os pais e as crianças devem ser ouvidos e compreendidos, para que possamos ajudá-los a lidar com o processo de adaptação," concluiu.
COMO APROVEITAR BEM O TEMPO NA ROTINA DA INSTITUIÇÃO?
Estabelecer uma rotina produtiva garante que ninguém fique parado à toa e mostra que a Equipe é capaz de integrar cuidados com o ato de educar.
Considerando a importância do período de adaptação da criança à escola, sobretudo a criança pequena que frequenta a escola pela primeira vez, ou aquela que terá um novo nível de escolaridade, o professor deve ser facilitador neste processo, de forma lúdica, atrativa, segura, prazerosa, dando início ao processo de ensino-aprendizagem. Segundo DAVINI (1999:45): A adaptação é todo um grande período, que abrange desde as entrevistas e visitas preliminares dos pais às escolas, bem como os primeiros dias e o primeiro ano de escolarização da criança. As crianças, que estão indo para a escola pela primeira vez, sofrem de ansiedade da separação. Elas sentem medo de que os pais não voltem para buscá-las e fantasiam o abandono. É importante que os pais lhes demonstrem interesse pela experiência que elas estão vivendo que as encorajem, reforçando-lhes a auto-estima, diminuindo-lhes a ansiedade, mostrando-lhe aspectos entusiasmantes da escola como: conhecer novos amiguinhos, poder brincar com eles, etc. e tranquilizando-os quanto ao amor que sentem por elas, quanto à proximidade que manterão com a escola e com sua professora e quanto a estarem lá, para buscá-los no horário de saída. A intensidade com que cada um vai experimentar, ou a forma como vai atravessar esse período, vai depender dos aspectos particulares de cada personalidade participante do processo e, também, da dinâmica familiar. Um fato a ser admitido é que essa separação é algo inevitável na vida de cada um de nós e, ainda que seja um processo doloroso, costuma trazer crescimento para todos os envolvidos. É importante que os pais vejam a situação não como "um mal necessário", mas como algo bastante positivo e enriquecedor no desenvolvimento de seu filho.
Patrícia Cerqueira
EDUCAÇÃO INFANTIL
Você vem me buscar?
Essa era a pergunta que Joana, de 3 anos, repetia para a mãe, Ivelise Gianfaldoni, 44. "Acho que ela queria dizer 'mamãe, você não vai me deixar aqui, né?'', conta Ivelise. O principal medo da criança pequena é o de ser abandonada pelos pais. Quando ela está na escola nova, esse receio se torna constante. Ela está em um espaço que não conhece, com gente estranha. Para agravar, ainda tem pouca noção de tempo. Não sabe quando vai voltar para casa. As escolas tentam acalmar as crianças ensinando a rotina com desenhos, hora do lanche, de brincar e de ir embora. Em casa, vocês também podem ajudar relembrando a rotina.
Mamãe, quero ficar com você!
Uma grande aflição das crianças, o momento da separação costuma ser tenso. O filho chora ou, muitas vezes, pergunta se a mãe pode ficar mais um pouquinho. 'Normalmente é a primeira vez que a criança ficará sozinha sem ninguém de referência da família e acaba chorando pelo medo que essa separação provoca', diz Paula Bacchi, orientadora pedagógica da educação infantil do Colégio Santa Maria, em São Paulo. Para aliviar a tensão, faça combinados e cumpra para dar segurança à criança (e a você). Se falar que vai ficar no 'guarda-mãe', lugar onde todas nós ficamos sentadinhas esperando os filhos durante a adaptação, fique. Era o que fazia Valéria Schandert, mãe do Heitor, de 4 anos. Toda vez que o menino queria vê-la, a professora o levava. E lá estava Valéria. Não suma. 'Também ajuda conversar em casa com a criança e contar quem vai protegê-la quando a mamãe não estiver por perto', orienta Paula.
Eu quero o meu paninho!
No início das aulas, levar os brinquedos ou objetos preferidos é comum e normalmente bem aceito pela maioria das escolas. Mas pergunte antes se a sua também concorda com a prática. 'Na adaptação, a criança precisa ter paninho, mamadeira, chupeta, brinquedo preferido porque são objetos familiares, representam a 'casa' para ela', explica Marcelo Cunha Bueno, coordenador pedagógico e educador da escola Estilo de Aprender, em São Paulo. 'E também cria um elo entre a escola e a casa, ligação necessária para o sucesso da adaptação', completa Paola Capraro, coordenadora da educação infantil e do ensino fundamental do colégio Eugenio Montale, em São Paulo. É comum algumas crianças que não levam os objetos ficarem o tempo todo com a mochila nas costas sem querer pendurar no cabide. 'Costumo brincar dizendo que ela está com a casa, e não a mochila, nas costas', diz Marcelo. Aos poucos, escola e pais devem incentivar a criança a deixar o objeto na mochila, depois no carro e, por fim, em casa. 'Porque é necessário que os pequenos consigam conviver, brincar, comer sem depender desses objetos', diz Paola.
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