A MATEMÁTICA NOS TEMPOS E ESPAÇOS
DA EDUCAÇÃOINFANTIL:
IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS.
Neste texto apresentamos uma abordagem da exploração da Matemática nos diferentes tempos e espaços da educação infantil, com foco na formação dos conceitos lógico-matemáticos. As atividades desenvolvidas fazem parte da prática docente de uma das professoras, com uma turma de educação infantil (5 anos).
Problematizar a prática faz parte da proposta pedagógica da nossa escola, bem como a relação entre teoria e prática, buscando, através da pesquisa e da formação continuada, repensar o trabalho como docente.
Neste texto traremos uma reflexão sobre as situações de aprendizagem desenvolvidas durante um dos projetos trabalhados, a exploração de alguns conceitos previstos em lei, as implicações dos diferentes espaços para a significação dos conceitos, bem como o papel do professor durante a realização das atividades.
Segundo Zabalza (1998 apud BATTINI 1982, p.231) [...] para as crianças pequenas o espaço é aquilo que nós chamamos de espaço equipado, ou seja, espaço com tudo que efetivamente o compõe: móveis, objetos, odores, cores, coisas duras e moles, coisas longas e curtas, coisas frias e coisas quentes.
Ainda o autor afirma que para criança o espaço é o que ela sente, vê e faz nele, é em cima ou embaixo, lugar de barulho ou silêncio, é grande ou pequeno, onde pode correr ou ficar quieto, colorido ou sem cor. Cabe salientarmos o espaço escolar como lugar de aprendizagem. O espaço reflete a proposta pedagógica da escola, as relações com o mundo, com os colegas e professores.
A PROFESSORA ALESSANDRA FIDELIS, APÓS A COLHEITA NO ESPAÇO ECOLÓGICO, CONTINUOU SEU TRABALHO COM AS CRIANÇAS NA VARANDA DAS ARTES UTILIZANDO O PRODUTO COLHIDO (TOMATES) PARA CONSTRUIR COM AS MESMAS OS CONCEITOS MATEMÁTICOS:
SOB O OLHAR ATENTO DE CADA CRIANÇA, A PROFESSORA PARTIA O TOMATE E LEVANTAVA QUESTIONAMENTOS:
Ao partir o tomate, por exemplo, podem-se explorar os conceitos matemáticos de quantidade, de inteiro e metade, entre outros.
A criança deve ser capaz não apenas de fazer matemática, mas também de explicar como desenvolveu esse processo e apresentar sua opinião sobre ele, para que o professor perceba as áreas de interesse da criança.
Esses objetivos, propostos vem apresentar as questões referentes à criança. Mas é preciso não esquecer que o professor tem papel fundamental nessa construção de conceitos.
Para isso é preciso que o professor sistematize como trabalhar esses conceitos, por meio de planejamentos que vão apresentar as ações que viabilizem também esses conceitos.
Na primeira vez, em quantas partes se cortou o tomate? E na segunda? Como vocês descobriram isso? E assim por diante.
Isso não significa solicitar que faça uma contagem mecânica, mas sim criar situações em que a criança busque suas próprias soluções para quantificar.
Estimular a criança a toda forma de pensar seja talvez o primeiro passo para a busca por uma educação democrática e que traga a ela uma autonomia para suas ações. Autonomia em todos os sentidos, sobretudo em sua forma de pensar e agir.
Além do papel do professor, enquanto mediador da aprendizagem da criança é preciso pensar também nas atividades que devem ser desenvolvidas como os jogos, brincadeiras, e outras atividades práticas que propiciem esse ensino. Nesse momento, o ponto de partida foi a colheita do tomate.
Para finalizar, acredita-se que a educação, em geral, e a lógico-matemática, em especial, podem oferecer às crianças instrumentos que potencializem o pensamento e a ação para interpretar e enfrentar, de forma significativa, os problemas da vida, e cabe aos educadores introduzir atividades voltadas para isso, desde a escola infantil.
AO TERMINAR, É HORA DE SABOREAR!!!!
Quando se reparte, estabelece-se a correspondência biunívoca - um pedaço e um palitinho para cada colega (poder pegar o seu pedaço), entre outras situações.
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